terça-feira, 13 de abril de 2010

Cante e Paisagens Alentejanas...


Coral «Os Ganhões» de Castro Verde com Dulce Pontes

http://www.youtube.com/watch?v=Yd8Xw7FXh7Q

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Fim de Semana Alentejano

Conforme Cartaz que se junta, iniciou-se ontem mais um grandioso Fim de Semana Alentejano, organizado pela Associação Alma Alentejana, e mais uma vez com o apoio da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica. Num local onde vivem muitos Alentejanos, aguarda-se com expectativa este evento.

Em destaque, para além dos Grupos convidados, os três Grupos de animação cultural desta Associação: «Cantadeiras, Cavaquinhos e Sevilhanas da Alma Alentejana»




«Ceifeira, Linda Ceifeira», na Homenagem aos Trabalhadores do Alfeite

http://www.youtube.com/watch?v=XyoPFv1-mfc


Escritos Milenares sobre...a Mulher



terça-feira, 6 de abril de 2010

Calendário de Actividades das Cantadeiras da Alma Alentejana de Abril a Julho, 2010




· Actuação 4 Abril (Domingo): Santa Bárbara (Borba) – 15h (feito)
+ Ensaio 5 Abril (Segunda) - (feito)

+ Ensaio 7 Abril (Quarta)
· Actuação 11 Abril (Domingo) – Charneca Caparica – 15h
+ Ensaio 12 Abril (Segunda)
+ Ensaio 14 Abril (Quarta) com Coreógrafo da Companhia de Dança de Almada
+ Jantar/Ensaio 14 Abril (Quarta) com Luisa Basto para gravação de CD
# 1º Dia Gravação CD - 17 Abril (Sábado) nos Capuchos – 19h
· Actuação 18 Abril (Domingo) - Almoço Aniv. Alma Alentejana -12h
# Gravação CD 18 Abril (Domingo) nos Capuchos – 19h
# Gravação CD 19 Abril (Segunda) nos Capuchos – 19h
# Gravação CD 20 Abril (Terça) nos Capuchos – 19h
· Actuação 25 Abril (Domingo): Manhã em Almada e Tarde em Lisboa
+ Ensaio 28 Abril (Quarta)
· Ensaio (16h) e Actuação (21h) 29 Abril (Quinta) com Cpª Dança – Fórum
· Actuação 30 Abril (Sexta) – 21h com Cpª Dança – Fórum Romeu Correia
· Actuação/Desfile 1 Maio (Sábado) – Dia da Maia na C. Piedade – Manhã
· Actuação 2 Maio (Domingo) – 16h com Cpª Dança no Fórum Romeu Correia
+ Ensaio 5 Maio (Quarta) – a partir daqui todas as Segundas e Quartas
Nota: em data a marcar para o final de Maio: lançamento do 2º CD gravado

· Actuação 16 Maio (Domingo) – Alcáçovas (Aniv. Paz e Unidade) – 15h
Nota: semana 1 a 6 Junho, apoio ao Aniversário da Casa do Alentejo
. Actuação/Apresentação na Escola Nº3 do Laranjeiro do Projecto «Cante Alentejano nas Escolas de Almada» com o apoio da Câmara Municipal de Almada - dia 18 Junho (Sexta) - 19h
. Actuação 26 Junho (Sábado) - Encontro de Corais Alentejanos em Almada, organizado pelo Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do CRFeijó
· Actuação 3 Julho (Sábado) – Montemor-o-Novo - 12h
· Actuação 3 Julho (Sábado) – Laranjeiro (Alentejo com Humor) – 21h
· Actuação 31 Julho (Sábado) – Faro do Alentejo (Aniv «São Luís) – 15h

Cantadeiras da Alma Alentejana – Organização
Luís - 2010-04-06

«O Alentejo não tem fim»
«Ó Alqueva»

Escritos Milenares...Sobre a Mulher....




Momentos Únicos






Mudanças...


Muitos dos acontecimentos que temos presenciado nos últimos tempos têm sua origem no movimento dos planetas, os chamados trânsitos. Acompanhamos semanalmente no site as análises astrológicas da Graziella, que tão bem relacionam a ligação entre as energias planetárias e os eventos mundiais.

m nossa vida pessoal não é diferente. O trânsito de cada planeta, especialmente dos mais lentos, e os aspectos que se formam entre eles, atuam sobre nossa carta astrológica natal, influenciando a área de nossa vida regida pelo signo no qual eles se encontram.

Os trânsitos de Urano, Saturno e Plutão são os mais desafiadores e podem detonar grandes transformações e lições nem sempre fáceis de serem encaradas...

Visto que não podemos alterar o ritmo do Universo, a nós cabe encarar estes desafios e tentar fazer com que eles se constituam, acima de tudo, numa valiosa oportunidade de aprendizado e crescimento interior. Como tudo na vida, eles também possuem seus aspectos positivos, que precisam ser observados com atenção e valorizados na justa medida.

O conhecimento e a consciência sobre estes fatos facilitam em muito a sua compreensão, bem como o saber que a vida não é extática, ela é mudança permanente.

Aqueles que se preocupam em ampliar o seu autoconhecimento têm hoje à disposição muitas ferramentas preciosas, não só para conhecer melhor a si mesmos, como também para curar as suas feridas emocionais e vencer os bloqueios que ainda estão presentes.

A astrologia é uma delas e pode nos ajudar a entender muitos dos eventos de nossa vida que nos tiram do eixo e nos deixando com a sensação de que não conseguiremos superá-los. Ela nos permite conhecer nossas fraquezas, mas também saber onde reside nossa maior força, para que possamos atravessar os períodos difíceis com uma nova atitude interior.

"Olhe, investigue, observe, veja a sua vida com novos olhos. Ninguém vai ajudar você... Então, cuidado; a responsabilidade é sua. Você deve a si mesmo observar profundamente o que está fazendo com a sua vida. Há alguma poesia em seu coração? Se não houver, então não perca tempo. Ajude o seu coração a compor e tecer poesia. Há alguma paixão na sua vida ou não? Se não houver, então você já morreu, você já está na sua sepultura.Saia de dentro dela! Deixe entrar algum romantismo na sua vida, algo como uma aventura. Explore! Milhões de belezas e esplendores estão esperando por você. Você continua dando voltas, nunca entrando no templo da vida. A porta é o coração....O sentimento é o mais próximo da intuição. Eu não espero o impossível, não digo 'seja intuitivo e pronto' - isso você não consegue fazer. Então, se você puder fazer isso - passar do pensamento ao sentimento - será o bastante. Então, do sentimento à intuição é muito fácil. Mas passar do pensamento à intuição é muito difícil. Eles não se encontram, são polaridades. O sentimento está exatamente no meio.No sentimento, ambos se encontram e se fundem. Algo do pensamento permanece no sentimento e algo da intuição também.".- Osho

Por Elisabeth Cavalcante , Taróloga, Astróloga,Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.


Escritos Milenares...Sobre a Mulher...




Alta Costura...As Mãos de Minha Mãe...


Quando se tem Mãe...

Que lindo sonho Mãezinha,
o lindo sonho que sonhei...

Como o Sol que é sempre moço, nas eternas madrugadas, também eu dera volta ao mundo voltara moço, sem envelhecer...
Rios e serras, mares e desertos, já tudo andara e de tudo me esquecera, e, em férias da vida corri ao teu encontro...
Em passo leve, de surpresa, eu galguei o portal, e, num grito de júbilo, enchi a nossa casa:
«Mãe! Mãezinha!...»
«Oh! Meu filho...»
... murmuraste, sufocada, ao apertar-me bem juntinho ao teu coração.
E abraçados ficámos, longo tempo, a sorrir e a chorar!...

Há 60 anos que te não via, nem tu me vias. E tão seguro e para sempre nos parecia este regresso de bem querer, que nem perguntávamos como isto pudera acontecer...
Não, Mãezinha, tu não morreras há 60 anos... Eram as mesmas as nossas vozes e também igual o nosso amor, que, por milagre, me tornara de novo o menino de aprender...
E quiseste saber como iam as minhas lições, a saúde, as faltas à escola, se nas aulas havia frio como no teu tempo e se os professores nos batiam muito.
Depois... bem, depois sentaste-te ao meu lado, na cadeira que fora minha, a repetir-me conselhos, para a vida e para a morte. E assim falaste:

«Ouve, meu filho, guarda bem o que vou dizer-te: que o teu corpo, para ser puro, lembre sempre que é feito da minha carne; que da tua pena não saia letra que eu não possa ler, nem dos teus lábios palavra que a tua Mãe não queira ouvir.
E que nunca os teus pés andem por onde os meus se manchariam...
Que o rosado da tua face que, desde o berço beijei, não seja nunca sangue de crime, nem marca rubra de vergonha, e que jamais os meus olhos chorem e se magoem lá no Céu, numa obra das tuas mãos ou numa ideia do teu espírito».


À medida que a tua boca suavíssima falava e me beijava, fora eu ajoelhando, contente, na promessa de bem cumprir, pois a minha vida ia agora começar, guiado por teu conselho.
E por graça do teu amor, tão pequenino me fui tornando, que por tuas mãos me recolheste na cova do teu regaço...
Da tua voz celeste fui então ouvindo a balada linda de embalar. Até os teus lábios, pousados, como leves plumas, nos meus olhos, me deram a inocência adormecida do Menino de Belém...
E, num leve passo de Anjo, me levaste em braços, e ajoelhando, de mansinho, me deitaste a sorrir, entre as rendas alvas por ti bordadas no meu antigo berço...

Que lindo sonho, Mãezinha,
o lindo sonho que sonhei...


Ao acordar, ainda o Sol, a enganar-me, me aloirava a minha cabeça, já com falripas de branco...
Mas o teu regaço de milagre era o travesseiro triste do meu leito...


Falripas de Minha Mãe
Luis – 2002-11-11

A Arte em Toda a Experiência...


Estamos vivendo em um tempo dinâmico no qual a mudança está afetando todos os níveis de vida. Todos nós estamos sendo estimulados a nos preparar para nos unir. Em cada setor da vida nós precisamos implementar mudanças significativas e duradouras. O que está acontecendo é o nascimento de um novo mundo e um novo tempo que estão vindo para implementar os processos de reforma. Isto significa libertar-se da negatividade que nos tem mantido presos a laços de terceira dimensão.

Na maioria das pessoas, o desejo pela evolução pessoal é muito pequeno devido à falta de informação útil ou de compreensão de si mesmos. Nenhuma pessoa é semelhante à outra devido às diferentes experiências que vivenciou, mas, ao mesmo tempo, todos viemos da mesma fonte. Tudo o que precisamos aprender é a cooperar, trabalhar juntos e crescer a partir do compartilhar do conhecimento.Todas as pessoas do nosso planeta, sem exceção, estão aprendendo a encontrar o equilíbrio.

O dogma das estruturas de crença presente em todo o mundo tem impedido o desenvolvimento natural do processo de humanização, tendo como resultado o fato de que a maioria perdeu o verdadeiro significado da sua presença neste belo planeta.Todos nós, em nível de alma, escolhemos estar aqui, neste período incrível, para participar desta era única de renovação espiritual e transformação global. Muitos, contudo, têm tido dificuldade de abraçar a Verdade Universal e preferem se manter apegados a suas crenças dogmáticas. Eles se recusam a aceitar que o que lhes foi dito está errado!

Eles se confortam em saber que terão oportunidades em outros mundos tridimensionais, os quais lhes permitirão lembrar da sua divindade e igualdade com todos. Não há punição para ninguém, apenas oportunidades para evoluir.Não é fácil entender por que tantas pessoas são tão diferentes. Tudo é uma questão de ter conhecimento das necessidades de auto-realização e dos vários desafios que se encontram diante de nós e que requerem maestria. Os passos a serem dados, no intuito de compreender o nosso próprio processo de desenvolvimento, foram extirpados da humanidade e substituídos por dogmas, causando insegurança e a separação do amor, permitindo que o medo se tornasse a principal força motriz. Quando alguém está assustado, afastado do coração e do amor, não há forma dele compreender algo com o qual, conscientemente, não consegue se relacionar.

Contudo, a compreensão virá quando não mais houver separação entre a mente e a alma, entre o masculino e o feminino. A alma contém em seu banco de dados o conhecimento da Unidade de todos, incluindo a ciência das leis universais. Quando esta conexão interna entre mente e alma é feita, a compreensão se faz rapidamente.

Não estamos sendo forçados a escolher entre um caminho superior que conduz para o alto na direção de ações cooperativas, ou o caminho inferior que conduz para baixo para ações de competição. Entrementes, a infusão de luz está fortalecendo nossas consciências e elevando a nossa sensibilidade. E muitos estão se tornando conscientes das novas escolhas a serem feitas. Em algum momento, num futuro breve, será finalmente compreendido que, não importa o trabalho que se faça, todos serão lembrados pela forma como tratam os outros.O que também precisa ser lembrado é que tudo que tem sido considerado ruim no nosso mundo, foi necessário para que todos alcançassem o equilíbrio. Nós temos jogado o jogo do mocinho e do bandido, talvez por inúmeras vidas; tudo no intuito de atingir o verdadeiro equilíbrio. É por isso que o conselho para todos nós é não julgar ninguém.

Nesta era particularmente extraordinária em que terminam as lições kármicas das três dimensões, os extremos do bem e do mal não são mais necessários, já que a intensificação da luz está reconciliando os opostos. Só existe equilíbrio na luz. Quando a mente consciente e a alma se unem e se tornam parceiros criativos, a consciência se torna desperta e todo o panorama, que só é conhecido atualmente a nível de alma, se desdobra. Cada transformação que ocorre dentro do indivíduo flui para fora de uma maneira limpa, penetrando as famílias e as comunidades nas quais eles vivem.

Muitas pessoas sentem que elas devem fazer alguma coisa significativa. No entanto, devido à pobre conexão com sua alma e com sua missão-de-alma, elas se ressentem da falta de foco e se sentem impotentes no sentido de fazer a diferença. Quando nos sentirmos mais confortáveis acerca de quem nós verdadeiramente somos, compreenderemos que todos nós somos filhos da luz, capazes de fazer brilhar a luz da bondade que cura toda a ignorância. Bondade (Goodness) não é diferente de divindade (Godliness). Ajudar no processo do despertar dos outros traz equilíbrio para você e para eles. E a luz gerada por estas ações flui para fora e beneficia a todos. Nosso equilíbrio é uma contribuição sem preço para difundir o amor e o cuidado mundo afora. É este movimento de estados de consciência competitiva para estados de consciência cooperativa que gera equilíbrio em todos os níveis.

A Educação deve ser alinhada a este propósito. A competição consigo mesmo para fazer o melhor deveria ser encorajada. O medo e a confusão que a maioria das pessoas vivencia, vêm do não saber o que está acontecendo. Paz e equilíbrio chegam a partir do saber o que está acontecendo. Quando a educação se torna encorajadora e apoiadora no sentido de conduzir os alunos a buscar o despertar e a compreensão espiritual do processo de desenvolvimento, nós teremos paz no nosso amado planeta em uma década. A arte em toda a experiência é amar.



Almodôvar em Abril...






















sábado, 3 de abril de 2010

Alta Costura...As Maõs de Minha Mãe...


Meu Primeiro Passo...

Não o segurem! Ninguém lhe toque!... - pedia-se ansiosamente.

A meio da sala. Eu estava de pé, sorrindo a minha Mãe, que, à distância se curvara, a acenar-me com as suas - duas brancas mãos – duas asas suspensas, a ensinar e a ajudar o meu primeiro passo!
À minha volta, toda a família, risonha, me incitava com entusiasmo no meu acto de heroísmo...
- Vá, meu filho, olha para mim... Vem para o meu colo!...
E aquele gesto voado das suas mãos, que me atraíam para o seu peito, abria, em nós dois, a formosa visão da estrada nova...
Olhei, então, com lágrimas, para todos, de beicito trémulo e medroso, parecendo perguntar se aquilo era feito que se pedisse, às minhas pernas tenras e aos meus dez meses de menino...
- ... Para mim, olha para mim! - insistia minha Mãe...
... como que a desviar-me os olhos de uma vertigem... Por saber que só dela, da sua alma em voo, podia vir-me a força e a graça do meu primeiro passo.
Julguei então que, entre o seu peito e o meu, se firmava o piso leve de uma ponte florida e suspensa, onde eu poderia fixar os pés e segurar as mãos...
E outra vez minha Mãe, curvada, mas mais de perto, a encurtar caminho, para aquela viagem de gigante, me estendia as suas duas mãos aladas, a sorrir-me, a encorajar-me:
Vá, meu filho!... Vem até mim...devagarinho... assim, assim...

E outra vez ainda, rolei nas tábuas duras do pavimento...
- Foi do encerado! Maldito encerado!...
Vencida e triste, minha Mãe pegou-me então, ao colo, levando-me para o pequeno jardim que a Primavera enchera de rosas. E também aí na terra caí, porque os meus sapatinhos resvalaram nas ervas.
Para ali ficámos os dois, sozinhos, ela calada e sonhadora, eu alegre, a galrejar, porque já das quedas me esquecera, e descalço, cirandei toda a tarde, à volta de sua cadeira, preso de prega em prega, à roda do seu vestido.
No ambiente calmo daquela tarde de Julho ardente, ondas de perfume e aves passavam lentas, embaladoras...
Ao longe, na ceifa dos trigais, entoavam versos desse meu laborioso Alentejo, que eu tanto gosto de entoar agora...

Mas já minha Mãe encostara meu rosto no seu braço, a cantar baixinho (e como era doce o seu cantar...), a arrolar, a chamar-me o sono, quando, na roseira em frente, pela mão branda do vento, uma linda rosa vermelha se abriu e me acenou, no mesmo jeito de chamar, que minha Mãe me ensinara...
E logo os meus pés, um após outro, em ritmo trémulo e desigual, caminharam para a flor, perante o pasmo de minha Mãe, silenciosa.
As areias grossas afundavam-se na carne tenra dos meus pés...
Mas o meu corpo de um salto atingiu e abraçou a roseira.
E nos meus dedos floriu sangue, porque a rosa se me quebrou nas mãos, com os seus espinhos (como os da vida)...
Mamã!gritei, risonho, de braço erguido, a mostrá-la, triunfante.

Foi este, Mãezinha, o primeiro passo que marcou o meu destino...
Sempre enamorado pelo que, na Vida, brilha e agrada, e sempre a Vida como que a querer quebrar-se-me na mão, quando a colho!...
... E os meus pés ficam doridos e os meus dedos ficam em sangue...

E foi por isso, Mãezinha, que em tua memória, plantei no meu quintal uma linda roseira, vermelha, hoje enxertada pela Vida e que dá rosas tantas, tantas... vermelhas, brancas e amarelas... que são rosas de primeira !...

Como tu, Mãezinha !



Falripas de Minha Mãe
Luis – 2002-11-11

Algo Mais...Uma Luz, um Amor...


(Toques Serenos Beijando as Praias Secretas do Coração)

Ah, bem poucos escutam a canção do espírito em seu próprio coração.

E, por isso, vemos tantas pessoas perdidas em si mesmas.

Esquecidas de sua essência espiritual, elas se deixam levar por aí...

E seguem batendo cabeça, sem noção de alguma coisa maior na vida.

No entanto, tudo tem um preço. E esse é o mais caro de todos. Sim, custa muito caro viver anestesiado diante de si mesmo. Porque o vazio de consciência dói muito mais do que se pensa. E nada do mundo pode completar um coração sem luz.

Nem homem ou mulher. Nem dinheiro, bebidas ou posses. Porque ninguém compra amor real ou consciência serena. E não existe remédio algum que cure as feridas do coração. E alguém que sequer conhece a si mesmo, facilmente perde o rumo.

Contudo, a canção do espírito permeia a tudo e a todos. E, quem a escuta, sente algo mais, mesmo que nada possa provar. Sim, algo mais...

Uma Luz; um Amor; e alguns toques secretos. Ah, quem sente o Sopro Vital do Eterno em seu coração, reconhece isso. E, mesmo diante das provas do mundo, permanece fiel ao espírito que é. E nem a iminência da morte pode tomar o Amor que está em seu coração. Porque a canção do espírito fala de coisas que estão além...

E de outras, que estão dentro do próprio Ser... Em sua essência. E mais: fala de consciência. E de estrelas que brilham nos olhos. Ah, viver não é só comer, beber, dormir, copular, e um dia morrer. Não é só isso, não. Também é pensar, sentir e fazer o melhor possível. Porque há algo mais, dentro e fora de cada Ser... Uma Luz, um Amor...

E não dá para pesar ou medir isso, mas dá para sentir e se tocar. Ah, dá sim! E ninguém precisa ver ou saber. E, se o próprio coração sabe...Então a canção é ouvida, em espírito... Junto com a Luz e o Amor. E não há dinheiro no mundo que pague isso. E nem ninguém que explique. Porque a canção do espírito fala do despertar da consciência. Ah, isso não se explica, só se sente... Uma Luz, um Amor e toques subtis. Sim, algo mais... Que transforma os olhos em estrelas e o

coração em sol. E que é capaz de ver o Divino nas coisas simples, e o Eterno no transitório. Há algo mais, dentro e fora, e além... Uma Luz, um Amor.

E, quem ama, sabe. E continua escutando a canção do espírito...

E ela fala de consciência e de que vale a pena viver, aqui e além... Sempre!

Por: Wagner Borges - pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros. Visite seu Site e conheça a área de áudio e vídeo.

O Vídeo que deve ser visto, especialmente pelos Jovens

Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drástico na Inglaterra.
Depois desta mensagem, 40% da população da Inglaterra, deixou de usar drogas e de consumir álcool pelo menos nas datas comemorativas, não temos este tipo de iniciativa aqui em Portugal. Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolize ou use algum tipo de drogas, e que reflictam e passem para os seus contactos. Oriente seus filhos, sobrinhos, amigos etc...



Link do video :
http://www.youtube.com/watch?v=Z2mf8DtWWd8

Alta Costura...As Mãos de Minha Mãe

Sempre Viva !...

Não estava longe, mas não a vi morrer; alguém achara por bem poupar os meus verdes sete aninhos...
E quando me chegou a notícia da sua morte, que eu tão pouco adivinhava o que era, caiu sobre mim, a negra sina do hebreu errante, que vagueia na terra, sem trégua e sem destino...

Tenho andado pela vida, a gemer saudades e a gritar martírios...
E – milagre do amor, ou loucura do meu peito! – quanto mais te lembro, mais perto de ti me sinto, porque deus Bondoso te manda a consolar-me !
Já lá vão muitos anos, minha Mãe, tantos anos, tantos...
E da viagem terrível, voltei à santa paz do Amor, mas ainda não vou à casa de onde partiste...
Porque se fosse, e não te visse, bem certo era que tu morreras. E se dela me afasto, és tu, meu Amor, que vens ter comigo...
E porque sempre vens e sempre voltas, embora te não veja, eu vivo no sonho de sentir que sempre vives...

...ATÉ UM DIA Mãe, em que nos tornemos a encontrar!...




Falripas de Minha Mãe
Luis – 2002-11-11

Caminhos...


Ela estava parada, olhando a estrada que se abria à sua frente. O nascer do sol estava a despontar por detrás do morro. Aquela manhã que estava raiando parecia uma pintura. E que bela pintura! Uma cena completa com cores, sons, cheiros... Cores diversas, que se entrelaçavam sons de vozes, crianças gritando, algazarra, conversas, alegria... Cheiro de café fresquinho, e também o perfume do jasmim que vinha do jardim...

Ela respirou fundo, inspirou aquele que era um instante mágico. Se fosse possível congelar aquele momento, ela poderia ser feliz para sempre, dentro daquela paisagem. De repente, ela acorda de seu devaneio, percebe que esteve a sonhar acordada, esboça um sorriso, ouve o som de buzinas, percebe que o sinal está aberto e segue em frente. Este pequeno transe é uma amostra do que acontece conosco algumas vezes ao dia, é o que se chama "sonhar acordado". Nossa mente abre espaço em meio à lufa-lufa diária e busca refrigério para nossa vida. Quão sábio é nosso cérebro! Porém, a cena pode ser diferente...
Ela estava parada, olhando a pilha de trabalho que a esperava. Seu chefe lhe cobrando prazos, aquele cliente chato acabara de chegar, e ela ainda tinha que sair para levar sua mãe ao médico hoje...
Ela repassa cada momento ruim que provavelmente vai acontecer no seu dia. Estes devaneios em meio ao nosso dia podem ser considerados um raio x de nosso inconsciente, ou de nosso padrão de comportamento. Aquele instante em que nosso pensamento correu solto, "sem travas", sem controle, nos diz muito a respeito de nós, pois quando estamos distraídos, com as defesas relaxadas, podemos mostrar um lado nosso que usualmente não percebemos. Estamos acostumados a ter conceitos, respostas prontas sobre nós e a vida, o que, muitas vezes, são racionalizações, proteções, couraças que utilizamos para mostrar a nós mesmos e aos outros aquilo que seria nosso eu ideal, que na maioria das vezes é diferente de nosso eu real.

Por que será que fazemos isto? A resposta só pode ser uma: é porque não aceitamos nosso eu real, este eu humano, muitas vezes falho, que é parte de nossa natureza humana também. Nossa natureza humana é imperfeita, mas busca a perfeição, e é na busca desta perfeição que tentamos "excluir" de nossa vida aqueles traços que desaprovamos. E assim, vamos nos distanciando de nós. E assim, vamos tentando ser Deus, querendo conduzir nossa vida da maneira que decidimos ser a melhor para nós. Sim, isto é bom, ir em direção ao nosso melhor, porém, temos que deixar um pouco dos acontecimentos para serem conduzidos por Deus, para assim, poder reconhecer nossa imperfeição e incompletude, enquanto humanos.

"A porta da alma se abre para dentro». Esta é a razão freqüente de não fazermos a nossa demonstração. Presumimos que ela se abra para fora e empurramos com todas as nossas forças, aparentemente indiferentes ao fato de que, na verdade, a estamos fechando com toda firmeza ao nosso próprio bem. Agir desse modo é, na realidade, empregar a força de vontade, que não é absolutamente tratamento algum, é simplesmente tentar vencer pelo esforço humano, deixando Deus de fora. A natureza humana é muito propensa a empurrar às cegas, quando amedrontada ou frustrada. É por este motivo que as portas de todos os teatros e edifícios públicos são obrigadas, por lei, a abrir para fora - porque esta é a direção natural do pânico. A oração, todavia, é essencialmente a recusa a se deixar levar pelo pânico ou pelo fluxo de coisas existente. Na oração, você deve se abstrair da imagem exterior, parar de pressionar contra os acontecimentos e perceber a Presença de Deus. «A porta da alma se abre para dentro». Emmet Fox


por Mirtes Carneiro - Psicanálise Transpessoal e PNL ao seu alcance!


desenho do Pedro


Desenhos da Ana Carolina


Alta Costura...As Mãos de Minha Mãe...

Eu... Menino Roubado !

Tinha eu escassos meses de leite e de regaço, quando o médico disse a minha Mãe, atónita:
«Nem mais uma hora o amamente, se quiser viver...»

E toda a família, contente, a rodear-me o berço:
«Sim senhor, já está um homem...»

E passearam-me de colo em colo, de braço em braço, como se no calor de cada beijo e no riso de cada graça, quisessem encorajar-me na primeira desgraça que ia acontecer-me...
E logo entre afagos e clamores, que me atordoavam, se firmou a sentença da primeira fome e do meu primeiro exílio. E foi assim, a rir e a chorar, que me desterraram, para longe do seio de minha Mãe, em lágrimas...

Ela sabia – quantas vezes mo contou, depois, a pobrezita! – que os meus lábios, mais do que os meus olhos tenros, conheciam já a curva veludínea e doce do seu peito, porque eu sempre recusara o biberão.
Os meus ouvidos já se rendiam à música da sua voz, e até a mão lhe distinguia, no seu jeito brando de embalar...
E minha Mãe, em toda essa tarde de melancolia, me guardou, a olhar-me, na cova do seu regaço!
O último leite corria, perturbado, ao ritmo do seu peito, porque o seio e o coração alarmados e fundidos, eram um só, e neles se engolfava e sumia o meu rosto redondinho...

- «Nessa tarde, meu filho, o meu coração pulsava, inteiro, no meu seio, e o meu leite corria a tremer para a tua linda boca, enquanto as lágrimas me caíam, ardentes sobre o teu rosto».

Era assim que minha Mãe contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino...
Já a cor do sol poente se apagara no meu quarto, e a asa da noite escurecia as rendas do meu berço, quando ela, em sacrifício, a apartar-se da ventura, foi retirando, devagarinho, o seio da minha boca, deixando-me uma gota de leite nos lábios adormecidos...
E toda a tarde, em choro silencioso, para me não acordar, minha Mãe me fitou, enquanto aquela gota ia secando...
Depois, quando a noite se fechou à nossa roda, de chofre me deitou no berço, fugindo, de mim, a soluçar!...
Mas, para a melodia dar vida e voz a estas letras mortas, eu vou contar como ela dizia na sua fala de encantar:
- «Na manhã seguinte, meu filho, eu espreitava-te de longe, escondida e ansiosa, a ver como acordarias, quando outros braços se abrissem a erguer-te do berço, e sorria, vaidosa, mas a chorar, das voltas que davas para fugir, e como tu, dos laços e das rendas, fizeste um gracioso novelo...
E ainda a tua voz não ajeitava fala para me chamar, nem sequer nos teus olhos assomava a pergunta de quem eu seria... mas já olhavas, inquieto, em busca de não sabias quem.
E, por fim desenganado, os teus gritos encheram a casa inteira! Toda a família correu, então, mimalha, para te calar. Mas não houve seio de mulher a que a tua boca se colasse, nem balada ou passeio de arrolar que te agradasse. E cansado, adormeceste na fome e nas lágrimas...»

Eu senti, que o ar e a luz faltavam à minha vida...

Era assim que minha Mãe contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino:
- «Nas horas em que dormias, deixavam-me à beira do teu leito, e toda eu tremia de amor inquieto e de receio, porque o teu rosto emagrecia e a tua cor desmaiava... Os Os meus lábios iam, então, pousando beijos leves nas tuas mãos, os meus cabelos e os meus dedos deslizavam na tua face, suaves e brandos como o cetim do meu seio atormentado. Mas, mal em ti se abria o primeiro gesto de acordar, logo de ti me afugentavam, para me não veres, e assim os dois vivíamos às escondidas, um jogo de martírio: Tu com a fome do meu leite, eu com a sede dos teus beijos...»

Era assim que minha Mãe contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino:
«Foi um exílio de meses, meu filho, onde vivemos, separados, pela cortina branca do teu pequenino leito...
E, no entanto, o suplício de tântalo aos dois atormentava, ambos pertinho do paraíso, sem nele podermos entrar...
E eu sofria saudades – Oh! Tantas saudades!, dos teus olhos, que só podia ver fechados e bem adormecidos!
Deixavam-me, porém, dormir à tua beira, na treva negra. Mas se despertavas, choroso, por não me teres, eu maldizia a luz brilhante que ia alumiar-nos, e todo o meu peito galava no horror de ter que me esconder...»


Era assim que minha Mãe contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino:
«Uma noite em que mais choravas, eu gritei de longe: Meu filho ! E logo o teu choro parou, contente ou medroso, a escutar...
Dias passaram, e já rias e galreavas em todos os regaços. E só eu errava triste como sombra, de sala em sala...
A consolar-me, esconderam-me um dia para te ouvir dizer: Mamã!
E mais me afoguei na dura pena de não ser eu quem te ajeitara os lábios, para te ensinar o meu nome...»


Era assim que minha Mãe contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino:
- «Uma tarde em que adoeceste, debalde o médico e a família me juravam que a tua doença não era de morte. Então, de noite, ajoelhava-me, a saber da tua febre, tacteando-te a medo o pulso, onde batia um passarinho, colando a minha face, ansiosa, à tua fronte em brasa...
E a febre passou e já de novo rias ao colo de todos!
Dentro da nossa casa, todos podiam beijar-te e ver-te. Só para mim, eras o menino roubado e se... sempre à minha vista...

Até que um dia, ao romper da Primavera, pude, enfim, tornar a ver-te, alegre e renascido no meu regaço!
Como ave sequiosa de ter voado anos no deserto, o meu rosto incessantemente te beijava e os meus braços te erguiam, e cada beijo me dava uma sede de água que me desafogava.
Cada abraço te prendia a mim e para sempre. Na tua boca de rosa viva, a rir-me, entreaberta, brilhava ainda a gota de leite que há meses te deixara, e que era, agora, a pérola preciosa do teu primeiro dente...
Pousei, então, o dedo perguntador, nos teus lábios que não fechavam, já olvidados da visão apetecida do meu peito.
E vi, contente, que se do meu seio te esqueceras, ainda de mim te lembravas, porque me sorrias...»

Era assim que minha Mãe me contava e me sorria, a lembrar-se, saudosa, de quando eu era menino...

Falripas de Minha Mãe
Luis –2002-11-11

abracinho

colocado por Ana e Pedro

Desenhos do Pedro


Feito e colocado por Pedro (6 anos)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Desenhos da Ana Carolina




Feito e colocado por Ana Carolina (10 anos)

Buscando Coisas do Alto...As Sete Verdades do Bambú...


Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu Avô, o chamou à varanda e disse:

- Vovô corre aqui! Explica-me como é que essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar o seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva... e este bambu é tão fraco e continua de pé?

- Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai sentir o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima, ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia as suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasçam outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe se parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger os nossos galhos, coisas insignificantes a que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de "nós" ( e não de eu's ).

Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba o nosso tempo, que tira a nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto.
Essa é a sua meta.


Do Livro: «Buscando Coisas do Alto»


Alta Costura...As Mãos de Minha Mãe...


É Tempo, Minha Mãe...
Pelo Natal, em Dezembro escuro, sem estrelas, é que nasci de novo,
a chorar e a tremer das sombras e dos caminhos que,
tão só, ia percorrer no Mundo...
Para me alegrar os olhos e calar o chôro, correste ao Presépio, a buscar-me um Anjo,
e sobre o berço abris-te a Estrela dos Reis Magos,
para que eu bem a conhecesse, pois havia de ser ela, que me guiaria feliz, na terra,
por toda a vida...
E desde essa hora, tu cantavas, a contentar-me:

«Dorme, dorme, meu menino,
que a Mãezinha se não vai...»


Uma voz de profecia segredava, a embalar-me:
- «Tu serás Príncipe, embarcado em galera de ouro,
e terás asas e voo como aquelas andorinhas,
que em ondas de alegria avistas do teu berço...
Nem no céu imenso acharás tropeço para cair,
nem no mar, onda brava que te possa afogar...»


E enquanto viveste, assim aconteceu, como a profecia rezava...

Era no teu rosto que despontava o sol e o dia,
quando, pelas manhãs eu acordava, a sorrir-te.
Mas também, se eu sofria, dos teus olhos tombava a noite,
com estrelas candentes, a correrem nas tuas faces...
E, nessas horas, já a tua voz não era firme nem contente.
Mas cantavas sempre, a enganar-me o coração:

«Dorme, dorme, meu menino,
que a Mãezinha nunca foge...»


Anos breves assim andei nas asas brancas dos teus braços
– asas partidas no dia negro em que tu partiste...
A galera de ouro quebrou-se logo em tábuas de naufrágio,
que a tempestade levou por todos os mares do Mundo...
O teu cântico passou a eco morto e sem promessa, que, já afogado,
não ia além do primeiro verso:

«Dorme, dorme, meu menino...»

Mãezinha!

Bem cedo se apagou a luz da Estrela Grande,
e também fugiu de mim o bom Anjo que então me deste!...
Em certas noites, de maior tristeza, a dar-me luz e alento, voltava, do alto,
mas em sonho, a tua voz cantante:

«Dorme, dorme, meu menino,
Que a Mãezinha logo vai...»


Os séculos que já lá vão e os desenganos que eu sofri!

Mãezinha!

São horas de voltares, porque o meu tempo correu,
e já sinto que se avizinha a hora do teu regresso...
Já revejo, sobre o leito, a Estrela Grande do meu berço.
E o Anjo do Presépio voltou ao leme, na galera de ouro,
que veio ancorar, cheia de flores, à beira da minha cama.
E é ele que, a cantar, baixinho, me fala da tua vinda:

«Dorme, dorme, meu menino,
Que a Mãezinha já lá vem...»


Para longe, Mãezinha, outra mão que me venha amortalhar!
Que nenhum dedo toque o corpo do teu menino!
Quero apenas as luzes leves dos teus olhos doces,
a fecharem as pálpebras tristes dos meus olhos tristes...
por te terem perdido tão cedo...

Falripas de Minha Mãe
Luis – 2002-11-11

quinta-feira, 1 de abril de 2010

As Cantadeiras e os Cavaquinhos da Alma Alentejana nas Festas da Padroeira Santa Bárbara em Borba



Caminho de Santa Bárbara reordenado
O Município de Borba vai dar início ao procedimento de elaboração do Plano de Pormenor de Santa Bárbara – Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 2.O Plano incidirá sobre uma área de intervenção de 15,28 hectares situados a Este da Cidade de Borba, que integra parte do Caminho Municipal 1170, também denominado Caminho de Santa Bárbara (por ser a via de acesso à Igreja construída em devoção a Santa Bárbara, situada a 3,8 quilómetros da sede de concelho). Esta área, fora do perímetro urbano, estava classificada pelo Plano Director Municipal como área rural mas com permissão de ocupação ao longo do caminho. Após a Revisão do PDM, integrou-se no perímetro urbano constituindo a Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 2 a sujeitar a Plano de Pormenor.A elaboração deste Plano tem como objectivos desenvolver um projecto urbanístico que estruture e organize esta área do território municipal, com a criação de equipamentos e áreas verdes de recreio e lazer, definir a ocupação do solo assegurando protecção e valorização ambiental e paisagística, reordenar a estrutura viária, estabelecer regras gerais de edificabilidade e determinar a concepção e ocupação do solo, estabelecendo regras sobre a implantação de infra-estruturas, dos espaços verdes e equipamentos de utilização colectiva.Boas notícias, em vésperas das festividades nesta Ermida que coincidem com o Feriado Municipal, próxima 2ª feira dia 5 de Abril.

Nota: extraído do Blog que se indica de seguida:
http://altodapraca.blogspot.com/2010/03/caminho-de-santa-barbara-reordenado.html

Comentário: o Feriado Municipal é só na próxima Segunda 5 Abril, mas as Festas à Padroeira local começam antes. Assim, no dia anterior, Domingo de Páscoa, 3 Abril, teremos a animar a população local os nossos grupos de actividade cultural: Os Cavaquinhos e as Cantadeiras da Alma Alentejana - e só não vão as Sevilhanas também, devido a indisponibilidade do «sevilhano» Tony, afinal o «mentor» deste grupo.


Mas, se na «navegação» de procura de dados sob este evento nada encontrámos directamente relacionado com a localidade «Santa Bárbara», vejamos alguns vídeos muito curiosos sobre esta Padroeira, que aqui deixamos: (afinal, lá diz a canção: «Minha Mãe Nossa Senhora/Somos todos filhos teus/Todas as Nossas Senhoras/São a mesma Mãe de Deus»

História de Santa Bárbara


Oração a Santa Bárbara (no Feminino)


Oração a Santa Bárbara (no Masculino)


E sobre o resultado das Festas, falaremos aqui depois...

Hoje....


E mais não digo !.........................