sábado, 3 de abril de 2010

Alta Costura...As Mãos de Minha Mãe

Sempre Viva !...

Não estava longe, mas não a vi morrer; alguém achara por bem poupar os meus verdes sete aninhos...
E quando me chegou a notícia da sua morte, que eu tão pouco adivinhava o que era, caiu sobre mim, a negra sina do hebreu errante, que vagueia na terra, sem trégua e sem destino...

Tenho andado pela vida, a gemer saudades e a gritar martírios...
E – milagre do amor, ou loucura do meu peito! – quanto mais te lembro, mais perto de ti me sinto, porque deus Bondoso te manda a consolar-me !
Já lá vão muitos anos, minha Mãe, tantos anos, tantos...
E da viagem terrível, voltei à santa paz do Amor, mas ainda não vou à casa de onde partiste...
Porque se fosse, e não te visse, bem certo era que tu morreras. E se dela me afasto, és tu, meu Amor, que vens ter comigo...
E porque sempre vens e sempre voltas, embora te não veja, eu vivo no sonho de sentir que sempre vives...

...ATÉ UM DIA Mãe, em que nos tornemos a encontrar!...




Falripas de Minha Mãe
Luis – 2002-11-11

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